De museu com 1 milhão de exemplares a biblioteca com obras raras: veja 5 lugares da Unicamp que podem ser visitados de graça


Universidade possui espaços que fazem uma ponte entre a academia e a comunidade. Algumas atividades possuem custo. Museu de Diversidade Biológica reúne cerca de 200 peças para exposição
MDBio
Você sabia que Campinas (SP) possui um museu com mais de 1 milhão de animais e plantas e uma bibilioteca com livros muito raros? Ambos ficam na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e são parte das várias atividades de visitação para o público geral. Entre laboratórios e museus, os espaços buscam democratizar o conhecimento e aproximar a população dos avanços científicos e da cultura.
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Veja, abaixo, cinco espaços da Unicamp que podem ser visitados e saiba como e quando ir aos locais.
Museu de Diversidade Biológica (MDBio)
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Fernando Evans/g1
Entre espécies zoológicas e botânicas, o acervo do Museu de Diversidade Biológica (MDBio) é composto por mais de um milhão de exemplares de plantas e animais, que estão disponíveis para estudo e visitação.
Todo o acervo é dividido entre três coleções: a científica, na qual apenas pesquisadores conseguem ter acesso; a didática, que pode ser emprestada para escolas e outras instituições; e a expositiva, que é liberada para ser visitada por toda a comunidade.
Composta por cerca de 200 peças, a coleção expositiva reúne animais vivos, taxidermizados (ou seja, empalhados), e conservados em via úmida (com álcool), que são montados de forma artística para serem expostos aos visitantes, organizados em cinco salas temáticas.
Onça parda taxidermizada no Museu de Diversidade Biológica (MDBio)
MDBio
Invertebrados e vertebrados – formas e cores: reúne e expõe espécies invertebrados (como esponjas marinhas, estrelas-do-mar, crustáceos diversos, aranhas, escorpiões e insetos) e vertebrados (como tartarugas marinhas, jacaré, serpentes e onça parda) preservados, e organiza-os de maneira artística.
Vida na água: a exposição é composta por aquários com animais marinhos e de água doce. Camarões, corais, conchas vivos fazem parte desta coleção.
Cidades das formigas saúvas: um formigueiro real mantido em arena com “panelas de vidro”, com rainhas e centenas de milhares de operárias, que permite visualizar a colônia por dentro.
Sentidos animais: aborda a temática dos sentidos e comunicação animal (ou seja, como os as espécies ‘conversam’ na natureza), utilizando sons e imagens do acervo para apresentar uma pequena mostra sobre bioacústica.
Hóspedes e penetras: reproduz um ambiente doméstico com seus animais pets (hóspedes) e os ditos “penetras”, como ratos e baratas.
Coleção do acervo do Museu de Diversidade Biológica (MDBio) chega a 1 milhão de peças.
MDBio
Como posso conhecê-lo?
Se você quiser conhecer os alas do museu com a sua família e amigos, o MDBio fica de portas abertas para visitantes na 2ª quinta-feira de cada mês, das 14h às 16h, e na 4ª quinta-feira de cada mês, das 09h às 11h. Não é preciso fazer um agendamento prévio, e a entrada é gratuita.
Já para excursões escolares, são oferecidas sessões de visitas monitoradas com grupos de até 40 alunos, às segundas-feiras das 14h às 16h e às terças-feiras das 09h às 11h. Os agendamentos devem ser feitos previamente no site, mediante o preenchimento do formulário.
Local: Museu de Diversidade Biológica (MDBio)
Endereço: Rua Monteiro Lobato, 255 – Bloco A3 – Cidade Universitária (no prédio laranja)
Quanto: entrada gratuita
Arquivo Brasileiro de Hip-hop
Arquivo Brasileiro de Hip-hop
Reprodução/EPTV
O “Arquivo Brasileiro de Hip-hop” foi lançado pela universidade em 2021, e integra o Projeto de Memória Negra do Arquivo Edgard Leuenroth (AEL) da Unicamp.
Dele fazem parte conteúdos que vão desde a memória dos Bailes Black nos anos 1970, a chegada do hip-hop, até a formação de espaços como as Casas de Hip-hop.
Ele pertenceu originalmente da coleção do King Nino Brown, historiador e militante do movimento hip-hop, e é o primeiro do país a reunir materiais bibliográficos, livros, panfletos, fotos, mídias e periódicos (como revistas e jornais) sobre a cultura.
Maria Helena Sinhorelli, bibliotecária responsável pela catalogação dos livros, revistas e jornais do acervo, afirma que são por volta de 1,1 mil títulos, sendo que 80% são completamente novos e únicos na coleção bibliográfica de toda a Unicamp. “Com a catalogação do acervo, supriu uma lacuna na temática de hip-hop”, explica a profissional.
“É um acervo único e uma coleção especial, com itens que foram colecionados ao longo do tempo”, conta.
1,1 mil livros e periódicos foram doados pelo historiador King Nino Brown.
Reprodução/EPTV
Como posso conhecê-lo?
A coleção fica dentro do Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), e as visitas devem ser agendadas no e-mail [email protected], ou pelas redes sociais do arquivo.
A partir disso, o material solicitado será separado de acordo com a sua demanda. Ou seja, você pode conhecer e aprender tanto com o arquivo brasileiro de hip-hop quanto outros documentos guardados e cuidados pela equipe da AEL.
Apesar do agendamento ser preferido e orientado, o Arquivo ficar aberto das 9h às 17h, de segunda-feira à sexta-feira, e pode-se solicitar o acesso.
Local: Arquivo Edgard Leuenroth
Endereço: Rua Cláudio Ábramo, 113-241 – Cidade Universitária, Campinas
Quanto: serviço gratuito
Laboratório de Genômica e bioEnergia (LGE)
Pesquisadores no Laboratório de Genômica e bioEnergia (LGE)
Reprodução/EPTV
Ao conhecerem o Laboratório de Genômica e bioEnergia (LGE), estudantes entrarão no universo da produção dos biocombustíveis e verão como é feito o processo de fermentação e como o etanol é feito a partir das biomassa. Ou seja, nos laboratórios é mostrado como é a vida de um cientista.
Durante a atividade, os adolescentes têm acesso a um estande de extração do DNA de morango, e são apresentados a equipamentos para análise de PCR (biologia molecular). Eles também fazem uma atividade de plaqueamento microbiológico em placas previamente preparadas (e depois recebem fotos do crescimento do que plantaram).
A eles também é apresentado o cultivo vegetal in vitro, e eles podem avaliar em microscópio os fungos e leveduras com aplicação biotecnológica, e também são apresentadas análises de dados por bioinformatica.
“O objetivo das visitas é mostrar para os alunos — principalmente os de escolas públicas — que a universidade é um caminho”, conta Ana Paula Fagundes, técnica do laboratório.
Como posso conhecê-lo?
Regularmente, o laboratório recebe visitas de escolas públicas e privadas por meio de agendamento. Na excursão, os estudantes são divididos em grupos e participam de atividades práticas que exemplificam como é a vida de um cientista dentro do laboratório.
Para agendar a visita de escolas em grupos, é preciso enviar um email para [email protected], ou ligar para o número (19) 3521-6652, que será lhe informado as datas disponíveis.
O público geral também pode conhecer o laboratório na mostra ‘Unicamp de Portas Abertas’ (UPA 2024), em que a universidade apresenta à todos os seus trabalhos, pesquisas e instalações. O evento ocorrerá em 17 de agosto, das 9h às 17h.
Museu Exploratório de Ciências
Crianças em exposição do Museu Exploratório
Reprodução/EPTV
O “Museu Exploratório de Ciências” é uma entidade educativa, de difusão e de disseminação científica, e dá acesso para a Praça Espaço-Tempo, mirante no ponto mais alto da Unicamp.
A ideia é ser uma ponte entre a pesquisa e a universidade para que o visitante explore os itens expositivos e aprenda sobre ciência.
Geralmente, ele oferece atividades cientificas práticas, abertas ao público e gratuitas em um sábado de cada mês. Mas, também há atividades pagas, que são mediadas e acertadas (e pode até ter uma temática única).
Como posso conhecê-lo?
O museu fica aberto para visitação espontânea, todos os dias (incluindo os domingos e os feriados), das 8h às 19h.
Já para agendamentos de escolares e grupos em atividades práticas, como oficinas com mediação e com utilização de materiais específicos, é necessário preencher e enviar formulário disponibilizado no site.
A visitação monitorada não é gratuita, e o custo é calculado de acordo com a quantidade de pessoas, de oficinas, e outras variáveis.
Endereço: Av. Alan Turing, 1500, Unicamp – Campinas
Biblioteca de Obras Raras Fausto Castilho
De livro com 800 anos a autógrafos de Oswald de Andrade, conheça Biblioteca de Obras Raras da Unicamp (Bora)
Marcelo Gaudio
Criada há 35 anos, a Biblioteca de Obras Raras Fausto Castilho (Bora) é um acervo de coleções particulares de livros raros e documentos históricos de pesquisadores, professores e pensadores brasileiros.
Ao todo, são mais de 100 mil exemplares, que vão desde livro antigo com páginas com pele de bezerro, livro de história natural escrito em 1648, edições raras de obras clássicas brasileiras, além de uma coleção única de histórias em quadrinhos, doada por um ex-aluno da Unicamp, que possui cerca de 7 mil itens publicados de 1940 a 1990, incluindo gibis da “Turma da Mônica”, do Maurício de Sousa.
Desde 2020, o Bora conta com um prédio próprio, e além de preservar as coleções, possibilita o acesso dele para pesquisas dentro e fora da universidade. As visitas à biblioteca são de segunda a sexta, das 9h às 17h, mas a consulta ao acervo precisa ser agendada previamente.
SAIBA MAIS:
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Como posso conhecê-lo?
O prédio sempre está aberto para visitação pública, e existe uma área de visitação permanente e aberta do Acervo Fausto Castilho, que não é necessário realizar um agendamento.
Caso queira fazer uma visita técnica e guiada, ela deve ser agendada no e-mail bora@unicamp .br. E para além de ver, caso queira consultar alguma das obras do acervo, é preciso fazer um cadastro solicitando o serviço no site.
Local: Biblioteca de Obras Raras Fausto Castilho
Endereço: Rua Sérgio Buarque de Holanda, 441 – Cidade Universitária
Quanto: entrada gratuita
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