Família produtora de queijo porungo no interior de SP ganha medalha de ouro em competição mundial de laticínios


🧀Competição foi realizada em abril, mas a família produz queijo porungo desde antes da década de 70 em Angatuba (SP). Família produtora de queijo porungo de Angatuba ganha medalha de ouro em competição
Mantendo a popularidade do queijo porungo no solo paulista, uma família de Angatuba (SP) foi premiada com medalha de ouro em uma competição mundial de laticínios. Os jurados não resistiram ao sabor e a apresentação do queijo, que parece com o que muitas pessoas chamam de cabaça ou poranga.
📲 Participe do canal do g1 Itapetininga e Região no WhatsApp
Ao g1, a Jolice Cardoso, que produz o queijo porungo com a família há anos, contou que ganhar este reconhecimento foi uma surpresa, pois haviam muitos competidores, de várias regiões do país e até do exterior.
A família passa a receita do queijo porungo de geração em geração em Angatuba (SP)
Jolice Cardoso/Arquivo pessoal
O queijo porungo, que é famoso por ser considerado um queijo tradicional do estado de São Paulo, é especialidade da família, que produz leite para produzir o queijo, que é vendido exclusivamente para moradores de Angatuba.
“Com muita surpresa a gente foi premiado, as medalhas não são únicas, mas são de bronze, prata, ouro e super ouro”, conta Jolice.
A inscrição foi feita pela internet, a partir de uma recomendação da profissional que faz a inspeção municipal da produção de queijo em Angatuba.
🏅Medalha de ouro
O evento que premia profissionais que produzem queijos e outros produtos lácteos, foi realizado de 11 a 14 de abril deste ano. O 3º Mundial do Queijo do Brasil, aconteceu na capital paulista, com programação preparada por entusiastas e apaixonados por queijos.
A feira de queijos, bebidas e alimentos artesanais tinha entrada gratuita e recebeu mais de 100 produtores de todo o país e até do exterior.
O 3º Concurso de Queijos e Produtos Lácteos recebeu quase 2 mil queijos, iogurtes, doces de leite e coalhadas e entre tantas opções, o queijo porungo artesanal, vindo de antes dos anos 70 do sudoeste paulista, conseguiu chamar atenção e levar uma das medalhas de ouro.
“Minha vó paterna já fabricava queijos em casa, mas em pequenas quantidades, mas depois do casamento da minha mãe e do meu pai nos anos 70, minha mãe aprendeu com a minha vó e começou a fabricar também. Antigamente a gente não tinha energia elétrica então os queijos eram armazenados pendurados, fazíamos o ‘pescocinho’ deles e deixávamos pendurados, por muito tempo foi assim”, lembra Jolice.
O queijo porungo de Angatuba (SP) ganhou medalha de ouro em competição mundial de laticínios
Jolice Cardoso/Arquivo pessoal
🧀Família ‘Nanico’
A receita do porungo está na família de Jolice há décadas, segundo ela, tudo começou com a avó paterna, que passou e ensinou a receita para os filhos, que ensinaram para ela e os seus cinco irmãos, que também ensinarão para a próxima geração da família.
Ao longo dos anos a produção de queijo, que era apenas uma renda secundária para a família, se tornou renda principal. A família cria gado, produz leite e vende o queijo em supermercados e açougues de Angatuba, além de ter clientes que comparecem a domicílio.
Em homenagem ao pai, Jolice criou uma logomarca para vender o queijo com o nome “Família Nanico”, pois este era o apelido do pai dela.
“Esta medalha ter um valor sentimental muito grande na nossa família […]eu coloquei ‘família nanico’ nas etiquetas em homenagem ao meu pai, que já é falecido, ele sempre produziu queijo para trazer sustento para a casa e hoje é o que sustem nossa propriedade”, finaliza a produtora de queijo.
A família tem a venda do queijo porungo como principal fonte de renda em Angatuba (SP)
Jolice Cardoso/Arquivo pessoal
*Colaborou sob supervisão de Carla Monteiro
Veja mais notícias no g1 Itapetininga e Região
VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM
Adicionar aos favoritos o Link permanente.