Você tem boas amizades? Especialista fala sobre qualidade das relações; faça quiz e descubra qual tipo de amigo você é


Para doutor em psicologia e professor da UnB, boas amizades reduzem estresse, promovem senso de pertencimento e aumentam autoestima. Dia do Amigo é celebrado neste sábado (20). Amigos tirando uma foto.
Reprodução/Freepik
A amizade está presente na vida das pessoas desde a infância. Essa relação é homenageada no Dia do Amigo, celebrado neste sábado (20). 💖🫂
De acordo com o doutor em psicologia e professor da Universidade de Brasília (UnB) Wander Pereira, a qualidade é mais importante que a quantidade de relações. O professor Wander é criador da primeira disciplina de felicidade em uma universidade pública na América Latina.
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“É fundamental ter amigos, mas é mais importante ainda ter bons amigos, não importa se é um ou uma centena”, diz Wander Pereira.
Segundo o especialista, as boas amizades reduzem o estresse, promovem senso de pertencimento, aumentam a autoestima e fornecem uma rede de apoio em situações adversas.
Qualidade x quantidade
Wander Pereira explica que existem duas grandes referências de pesquisa sobre a quantidade de amigos que uma pessoa tem.
A pesquisa do britânico Robin Dunbar, do início dos anos 90, aponta que uma pessoa só pode manter cerca de 150 amigos. Já o estudo mais recente de Patrik Lindenfors, de 2021, sugere um limite médio muito inferior, de até 42 indivíduos. Porém, o professor reforça que a quantidade de amigos não é o fator mais importante.
“A questão do número de amigos é muito menos relevante do que a qualidade dos amigos”, diz o especialista.
O professor diz que é importante perceber quando alguém está trazendo influências não muito saudáveis, tanto do ponto de vista da saúde mental quanto física.
Mudanças ao longo da vida
O professor comenta que as relações de amizade mudam com o tempo. Na juventude, as pessoas tendem a jurar a eternidade nas relações, o famoso “BFF” – best friends forever (melhores amigos para sempre).
“Na adolescência, as amizades são frequentemente centradas em interesses comuns e são fundamentais para a formação da identidade cultural e moral”, diz.
Já na vida adulta, o professor explica que as relações tendem a ser baseadas em experiências compartilhadas e valores semelhantes, e que na terceira idade, as amizades são “o que nos levam adiante”. 👴🧓
“Os amigos podem aumentar em até 50% a expectativa de vida de uma pessoa. Contudo, passamos a ter uma vivência difícil com as perdas e a administração das limitações físicas”, diz o professor.
Ciência dá ‘receitas’ de como e onde fazer amigos
De quantos amigos a gente precisa para viver bem?
Segundo estudos, amigos íntimos são raros: cada pessoa tem entre um e seis relações desse tipo. O mais comum é que seja apenas uma mesmo.
Quando não existem amizades e a pessoa solitária tem um quadro de ansiedade ou depressão, o quadro é equivalente ao dano de fumar 15 cigarros por dia.
Para evitar isso, a ciência dá “receitas” de como e onde fazer amigos para evitar a solidão (veja vídeo acima).
Entre essas dicas estão:
🕺 Encontrar um grupo e sair de casa
⌚ Investir tempo
🗣️ Não priorizar conversas na internet
Faça o quiz e descubra se você é um bom amigo
Foto de amigos juntos.
Freepik
Você é um bom amigo?
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