Mulher sofre aborto e espera para tirar bebê morto da barriga há mais de uma semana na rede pública


Jessila, de 24 anos, está internada há oito dia. Segundo familiares, recomendação dos médicos foi esperar que feto fosse espelido naturalmente; TV Globo tenta contato com Secretaria de Saúde. Jessila, de 24 anos, espera pela retirada do feto morto de sua barriga na rede pública após sofrer aborto
Reprodução
Uma mulher que sofreu um aborto espera para tirar o bebê morto da barriga há oito dias na rede pública de saúde do Distrito Federal. Segundo a família de Jessila, ela está internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC).
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp.
Ainda de acordo com os familiares da jovem de 24 anos, a recomendação dos médicos foi de esperar que o corpo de Jessila expelisse o bebê de forma natural. Jucilene dos Santos, mãe da jovem, conta que questionou se não seria melhor a filha passar por uma cirurgia, mas foi informada de que uma cesárea não era indicada.
A TV Globo tenta contato com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). Jucilene diz que este é o terceiro aborto da filha e que, desta vez, o processo para retirada do feto está mais demorado. Nas outras ocasiões, ela passou por cirurgias cesarianas.
“[Ela] começou a sentir dor, cólica, ansiedade, preocupação. Eu sei que ela não está bem, está preocupada, só chorando, com medo de morrer, com um feto dentro de uma mãe”, diz Jucilene.
Mãe de jovem conta que filha espera há 8 dias para tirar feto morto da barriga
A médica obstetra Bárbara Freyre explica que 90% dos óbitos fetais têm resolução espontânea em até três semanas depois da morte. No entanto, por ser um momento que causa muito sofrimento à mãe, a preferência é de que o parto seja induzido ou de que seja feita cirurgia para retirada.
“A gente prefere optar pela conduta ativa, induzir o parto para que haja logo o nascimento desse feto morto. Nos casos em que a mãe apresenta instabilidade ou nos casos em que a paciente tem contraindicação de parto vaginal, a gente vai pra cesárea”, explica a médica.
A mãe de Jessila diz que a filha está sendo medicada no HRC para tentar expulsar o feto, mas que os médicos não querem fazer a cesárea porque o bebê é muito pequeno.
LEIA TAMBÉM:
‘Quando vi tanto sangue, fiquei sem saber o que fazer’, diz pai de menino agredido por primo que tinha acabado de sair da prisão
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.