Terremoto no Chile provoca tremores em 14 cidades de SP


Houve registros de tremores também em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina. Terremoto no Chile provoca tremores em 14 cidades de SP
Reprodução/TV Globo
Um terremoto no Chile, de magnitude 7, 4 assustou moradores de várias cidades brasileiras.
A empresária Giovanna Bertola jogava baralho com o filho em Praia Grande, no litoral de São Paulo, quando tudo começou a se mexer.
“Eu falei com meu filho: ‘Para de mexer porque as cartas vão embaralhar’. A gente olhou para cima, o lustre ficou como um pêndulo, foi muito forte. Eu tentei levantar e caminhar e deu aquela tontura”, conta.
Lustres balançaram também na capital paulista.
“Busquei minha esposa e minha filha e a gente desceu pela escada, pelo térreo, e vimos vários moradores preocupados, nervosos, mas deu tudo certo. Balançou forte, não foi pouco não”, diz o engenheiro químico Fabio Luís de Andrade Silva.
A maior parte dos relatos sobre o tremor da noite de quinta-feira (18) foi na Grande São Paulo. Houve registros também em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina. Em Uberlândia, o susto dos moradores que se mudaram há pouco tempo para um prédio foi grande.
“Eu achei que era a minha filha balançando o sofá, alguma coisa do tipo. A gente pensou: o prédio vai cair, o prédio vai tombar”, conta a síndica Marla Rodrigues.
O epicentro do terremoto de 7,4 de magnitude foi próximo a San Pedro de Atacama, no norte do Chile, a mais de 100 km de profundidade. Ninguém ficou ferido no país.
Terremoto no Chile provoca tremores em 14 cidades de SP
Reprodução/TV Globo
O terremoto no Chile foi na noite de quinta-feira (18), às 22h50. A ruptura da rocha que fica embaixo da terra teve uma extensão de aproximadamente 30 km. E quando ela quebrou, liberou ondas, e essas ondas se espalharam por todo o continente causando vibrações.
As ondas que causaram tudo isso chegaram ao Brasil cerca de 8 minutos depois do início do terremoto no Chile. Aqui, elas duraram cerca de 10 segundos, e pelo gráfico dá para ter ideia porque muitas pessoas sentiram as paredes tremerem.
O pesquisador do Centro de Sismologia da USP explica que o tipo de rocha sedimentar, que fica embaixo da terra, ajuda a aumentar a sensação dos tremores. Mas eles não são fortes o suficiente para causar estragos.
“Os sedimentos têm a característica de amplificar as ondas sísmicas quando da passagem de um terremoto. E aliado ao fato desse terremoto ter sido à noite, então as pessoas estavam em casa, descansando, isso faz com que aumente a chance das pessoas sentirem esses tremores. Mas não há chance de danos estruturais e nem para as pessoas”, explica Bruno Collaço, pesquisador do Centro de Sismologia da USP.
rocha sedimentar
Reprodução/TV Globo
LEIA TAMBÉM
Terremoto de magnitude 7,3 atinge o norte do Chile
Brasileiro que está no Atacama há 2 meses grava o momento do terremoto: ‘Um minuto parece rápido, mas sensação é muito ruim’
‘Sentiu o prédio balançar?’: moradores da Grande SP relatam tremores durante terremoto no Chile
Adicionar aos favoritos o Link permanente.