Projeto leva orquestra para escolas públicas do ES e transforma quadras de esporte em palcos de apresentações

Com músicas de compositores clássicos, temas de filmes e melodias conhecidas, a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) torna quadras de escolas estaduais um palco para grandes apresentações. Projeto leva músicos para dentro de escolas estaduais do ES
“Tem uns instrumentos aqui que eu nunca tinha visto na minha vida”. Este foi a afirmação da estudante Anna Júlia Alves, de 13 anos, ao ver músicos tocando violoncelo, trompete, oboés, entre outros instrumentos até então estranhos e fora do seu cotidiano.
A descoberta foi feita justamente na quadra onde normalmente os alunos praticam esportes na escola estadual onde a adolescente estuda, em Vila Velha, na Grande Vitória. O espaço se tornou palco para uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses).
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A apresentação no Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio de Tempo Integral (CEEFMTI) Galdino Antônio Vieira foi realizada como parte do projeto “Orquestra nas Escolas”, realizado em parceria com a Secretaria de Educação do Estado (Sedu).
Orquestra se apresenta no Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio de Tempo Integral (CEEFMTI) Galdino Antônio Vieira, em Vila Velha, no Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Nesta primeira etapa da série “Concertos Didáticos”, a Oses já fez 20 apresentações durante o mês de junho em escolas dos municípios de Vila Velha, Cariacica e Vitória. Em novembro de 2024, a série retorna, atendendo a mais dez escolas (veja o cronograma das apresentações no final da matéria).
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Para o maestro Sanny Souza, a interação com os alunos é dos maiores ganhos.
“É encantador para nós também. É diferente. A gente está acostumado muito com palco de teatro, e na escola a gente vem mais solto porque estamos no ambiente deles. A gente consegue ter uma interatividade muito grande”, explicou Sanny.
Clássicos e temas de filmes
Orquestra leva música erudita para escolas estaduais do Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Inicialmente, os músicos e o maestro apresentam seus instrumentos individualmente ou em pequenos grupos, propiciando aos estudantes a percepção de cada fonte sonora de forma destacada.
Em seguida, o espetáculo é iniciado. O repertório das apresentações nas escolas inclui “Valsa”, do ballet “A Bela Adormecida”, a trilha sonora do filme Star Wars, abertura do jogo Super Mário Bros., entre outras músicas de compositores clássicos, temas de filmes e melodias conhecidas.
Repertório da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo nas escolas do ES:
Gioachino Rossini: Guilherme Tell (final)
Pyotr Ilyich Tchaikovsky: Valsa, do ballet A Bela Adormecida
Danny Elfman, arr. Guilherme Mannis: The Simpsons
Koji Kondo: Abertura Temas de Super Mário Bros
John Williams: Star Wars, Marcha Imperial
Alunos são apresentados à instrumentos eruditos em apresenta da Escola Sinfônica do Espírito Santo (Oses)
Reprodução/TV Gazeta
Segundo maestro Helder Trefzger, além de comentar sobre as obras apresentadas, o músico explica sobre os instrumentos que fazem parte da orquestra e, dessa forma, desperta nos estudantes o interesse pelo aprendizado musical.
“A perspectiva da Oses é estimular a formação de público para a música erudita. Por isso, a opção pelo formato do concerto didático, que estabelece uma dinâmica interativa com a plateia, e funciona como uma aula descontraída sobre o funcionamento da orquestra”, explicou.
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Inspiração para futuros talentos
Quadra de escola se torna palco para apresentação de Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses)
Reprodução/TV Gazeta
Uma das musicistas que estava na escola em Vila Velha era Ariana Mendonça, que toca fagote.
“Eu vim de escola pública, então, na época, a gente acompanhava matérias que via na TV. Então, eu vi um fagote na TV e fiquei encantada. Fiquei pensando: ‘O que é isso’? E hoje estou aqui”, comemorou.
Já o estudante Otávio Alves, de 16 anos, que viu a apresentação, disse que sonha em ser músico e ficou emocionado.
“É muito bom, muito interessante. Aumenta mais o meu gosto, o meu ouvido. Eu consigo ouvir todos os instrumentos. Aumenta a minha alegria e dá mais vontade de fazer parte de um [orquestra] um dia”, finalizou.
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