Justiça determina afastamento de secretário de Vespasiano investigado por assédio sexual


Segundo decisão judicial, além de ser afastado do cargo, William Soares Santos está proibido de se aproximar das vítimas, frequentar a prefeitura e realizar postagens nas redes sociais relativas ao caso. William Soares Santos, secretário de Vespasiano, foi indiciado por assédio sexual.
Reprodução/Redes Sociais
A Justiça ordenou que o secretário de Defesa Social de Vespasiano, William Soares Santos, de 62 anos, seja afastado do cargo. A determinação foi publicada nesta quarta-feira (17), pelo juiz Cristiano Araújo Simões Nunes, da Primeira Vara Criminal da cidade.
O dirigente da secretaria foi indiciado pela Polícia Civil por importunação sexual, depois que uma servidora o acusou de ter mordido o seio dela (leia mais abaixo). Segundo a decisão judicial, medidas cautelares são necessárias diante das suspeitas de assédios cometidos por ele.
Além do afastamento, o investigado está suspenso de qualquer função pública até o fim das investigações, não pode frequentar a prefeitura ou repartições ligadas ao município e não deve manter contato com as vítimas ou parentes delas, respeitando uma distância mínima de 300 metros.
O secretário também está proibido de realizar postagens nas redes sociais ou compartilhar conteúdos relacionados ao caso. Todas as publicações já feitas por ele sobre o assunto deverão ser excluídas em no máximo 24 horas.
Ainda de acordo com a decisão, em caso de descumprimento, William Soares Santos pode ter a decretação da prisão preventiva e pagar multa de R$ 1 mil por dia.
O g1 procurou a Prefeitura de Vespasiano para um posicionamento. Em nota, a administração municipal informou que recebeu, nesta quinta-feira (18), a intimação para o afastamento do secretário.
“A Procuradoria já está tomando todas as medidas para o cumprimento imediato das determinações judiciais que cabem à Prefeitura de Vespasiano”, disse a prefeitura.
A defesa de William Soares Santos afirmou apenas que o caso segue em sigilo.
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Relembre o caso
No começo de julho, o secretário foi indiciado pela Polícia Civil por importunação sexual, após ser denunciado por uma servidora, de 40 anos, que era subordinada a ele.
Conforme o depoimento da mulher na delegacia, o gestor disse, no ambiente de trabalho, palavras de “conotação sexual” e, em seguida, mordeu o seio dela. Além da denúncia feita por ela, há pelo menos mais quatro episódios de assédio moral ou sexual em investigação.
Em maio deste ano, uma servidora de 31 anos procurou a polícia dizendo que o secretário fazia “contatos físicos abusivos”, inclusive nos seios, e insultos relacionados à inteligência e à aparência física.
A mesma funcionária procurou o Ministério Público e relatou que os problemas começaram em junho de 2022, afirmando que Santos é um homem muito grosseiro e que chamava ela e outras colegas de “gordas e incompetentes”.
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