Contenção de gastos anunciada pelo governo ‘acalma’ o mercado, diz ex-secretário do Tesouro


O ex-secretário do Tesouro Mansueto Almeida em foto de fevereiro de 2020
Daniel Resende/Futura Press/Estadão Conteúdo
O ex-secretário do Tesouro Nacional Mansueto Almeida afirmou ao blog nesta quinta-feira (18) que a contenção de R$ 15 bilhões de gastos anunciada pela equipe econômica do governo “acalma bastante” o mercado.
Nesta quinta, os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão) anunciaram o bloqueio de R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024. Além disso, também comunicaram um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões.
Segundo Haddad, as medidas são necessárias para cumprir a regra de gastos do governo prevista no arcabouço fiscal.
“Algo por volta de R$ 15 bilhões já acalma bastante o mercado. A maior preocupação não é nem mesmo com o resultado primário, mas sim com a capacidade do governo respeitar o limite de crescimento de 2,5%”, avaliou Mansueto Almeida, que, atualmente, é economista do BTG Pactual.
A diferença entre bloqueio e contingenciamento é a seguinte:
Bloqueio: se refere a valores no Orçamento que têm que ser bloqueados para o governo manter a meta de gastos do arcabouço fiscal
Contingenciamento: é uma contenção feita em razão de a receita do governo estar vindo abaixo do esperado. Ao contrário do bloqueio, o contingenciamento é mais fácil de ser revertido ao longo do ano, caso as receitas voltem para as previsões
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