Policial civil é preso suspeito de participar de execução de empresário em Alagoas


De acordo com denúncia do MP-AL, policial ofereceu apoio logístico aos executores. Empresário Kleber Malaquias, conhecido como Bode Rouco, foi assassinado dentro de um bar, em Rio Largo
Reprodução/TV Globo
Um policial civil foi preso nesta segunda-feira (2) por suspeita de participação na execução do empresário Kleber Malaquias de Oliveira, assassinado em Rio Largo, região metropolitana de Maceió, em 2020. Segundo a polícia, o assassinato teve motivação política.
O mandado de prisão preventiva expedido pela 3ª Vara Criminal de Rio Largo. As investigações foram conduzidas pelo Ministério Público de Alagoas, com apoio da Polícia Federal. Segundo o MP, o policial não só acompanhou a execução de Kleber Malaquias como também ofereceu apoio logístico aos criminosos.
A denúncia aponta provas que ligam o policial ao crime, como dados de geolocalização, movimentações de conta bancária e registros de ligações telefônicas. Três pessoas foram presas acusados do crime e serão julgadas no dia 19 de setembro.
Denúncias políticas
Kleber Malaquias era conhecido por denunciar crimes políticos na região. Ele chegou a testemunhar contra o desembargador Washington Luiz no processo da tentativa de homicídio contra o juiz Marcelo Tadeu.
Em um boletim de ocorrência registrado em 2019, o empresário relatou que teve acesso a conversas e áudios de WhatsApp com ameaças contra ele e que temia ser morto.
Morto no dia do aniversário
Segundo o processo, o crime aconteceu dentro de um bar, em Rio Largo, na tarde de 15 de julho, dia do aniversário da vítima. A execução foi arquitetada pelos envolvidos, que atraíram Kleber Malaquias até o Bar da Buchada para realizar o assassinato.
De acordo com o relatório, o policial militar José Mário, na época pré-candidato a vereador, marcou um encontro com Kleber para conversar sobre questões políticas. Na ocasião, Fredson José teria efetuado os disparos de arma de fogo que levaram a vítima à morte.
Além dos acusados, outros três envolvidos, Marcelo José Souza da Silva, Jefferson Roberto Serafim da Rocha e Marcos Maurício Francisco dos Santos, ainda serão julgados.
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