Área disputada por indígenas e empresa Agropalma é palco de conflito violento no Pará


Grupo da etnia Turiwara ocupou área controlada pela empresa, onde antes havia uma aldeia, e que está sendo reinvidicada pela comunidade tradicional na Justiça. MPF disse que acompanha o caso. Área da empresa Agropalma, que explora óleo de dendê no nordeste do Pará.
Reprodução
Indígenas da etnia Turiwara ocupam, desde segunda-feira (19), uma área de plantação de dendê, controlada pela empresa Agropalma atualmente e que está em disputa na Justiça, em Tailândia, no nordeste do estado.
A comunidade tradicional reivindica o território enquanto a empresa explora óleo de palma na região.
Nesta quinta-feira (22) seguranças privados da empresa entraram em conflito com o grupo de cerca de 40 indígenas, incluindo idosos e crianças, que estão ocupando a área.
Em nota, a Polícia Civil disse que, até esta tarde, o caso ainda não havia sido registrado na delegacia.
O Ministério Público Federal (MPF) informou que está tomando providências e que as informará “assim que tiverem concluídas”.
O g1 também procurou a Polícia Militar e a Secretaria de Estado de Povos Indígenas (Sepi), mas ainda não havia obtido resposta até a última atualização da reportagem.
O que diz a empresa
Segundo a Agropalma, inicialmente um grupo de cerca de 25 pessoas entraram na área localizada no município de Tailândia. A empresa disse que a comunidade promoveu barricadas com árvores nativas derrubadas.
A Agropalma disse, ainda, que nesta quinta-feira o grupo “começou a tentar ampliar a área” ocupada e “foram contidos pela segurança patrimonial da empresa”.
“O intuito da companhia foi o de proteger mais de 700 funcionários que ali se encontram, pois se trata de área de plantio e de atividade de trabalho destes colaboradores. Além da área de produção, também foram afetadas áreas de reserva florestal, que a Agropalma tem o dever legal de proteger. Não houve uso de balas de festim, borracha, ou de qualquer tipo de arma de fogo nesta atividade”, afirma.
Ainda, em nota, a Agropalma disse que “está tomando as medidas judiciais cabíveis para proteger a posse e aguarda decisão quanto aos pleitos de reintegração e retirada” dos indígenas.
Esta matéria está sendo atualizada.
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