Homem é condenado a oito anos de prisão por tentar matar esposa a tiros na frente do filho de quatro anos, que tentou defender a mãe, diz MP


Crime aconteceu em fevereiro de 2023 em Guarapuava (PR). Segundo MP, condenado descarregou um revólver e continuou a disparar com carabina semiautomática. g1 tenta identificar defesa dele. Ministério Público do Paraná (MP-PR)
Reprodução/RPC
Um homem denunciado por tentar matar a esposa a tiros na frente do filho de quatro anos foi condenado a oito anos de prisão em regime inicial fechado.
O crime aconteceu no dia 25 de fevereiro de 2023 em Guarapuava, na região central do Paraná. De acordo com o Ministério Público (MP), a criança chegou a tentar impedir as agressões, mas o homem descarregou um revólver e continuou a disparar contra a mulher com uma carabina semiautomática. Veja detalhes mais abaixo.
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O julgamento do réu iniciou na terça-feira (16) e terminou na madrugada de quarta (17).
Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado, por feminicídio, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
O júri popular também indicou como causa de aumento da pena o fato de o crime ter sido praticado na presença do menino e o réu ainda foi condenado por causar dano emocional à vítima, conforme disposto no art. 147-B do Código Penal.
Ele está preso preventivamente desde a época do crime e segue detido, tendo a prisão cautelar mantida pela sentença, explica o MP.
“A defesa intransigente da vida feita pelo Ministério Público perante o Tribunal do Júri é essencial para que haja a responsabilização de feminicidas e a conscientização social de que a prática de qualquer tipo de violência contra a mulher é intolerável e merece ser reprimida”, avalia a promotora Dúnia Serpa Rampazzo.
O nome do réu não foi revelado. O g1 tenta identificar a defesa dele.
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Como foi o crime
Conforme a denúncia, oferecida pelo MP por meio da 10ª Promotoria de Justiça da Comarca, o homem agrediu a esposa e atirou contra ela usando duas armas.
“O acusado efetuou diversos disparos de arma de fogo, com revólver calibre .38 em direção à vítima. Após acabarem as munições, apanhou uma carabina semiautomática calibre .22 e continuou desferidos os disparos, sendo que um deles atingiu a ofendida”, explica a promotora Dúnia.
Segundo ela, o crime apenas não se consumou porque a vítima correu em zigue-zague a fim de dificultar a ação do acusado e como foi socorrida por vizinhos.
“Apesar de atingida, a vítima conseguiu se desvencilhar do agressor e escapar”, afirma o MP.
O casal estava junto há 13 anos, explica a promotora.
“Durante o relacionamento, a vítima sofreu todos os tipos de violência existentes contra a mulher. Entre elas, a violência psicológica, patrimonial, sexual, moral e física, que culminou na tentativa de feminicídio”, conclui.
Veja como identificar o ciclo da violência
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