Dois adolescentes de uma unidade de internação do DF são diagnosticados com coqueluche; cinco servidores estão afastados com sintomas


Coqueluche é infecção respiratória transmissível e causada por bactéria. Segundo Secretaria de Justiça e Cidadania, jovens estão isolados, fazem tratamento com antibiótico e estão ‘bem e em recuperação’. Tosse seca é um dos principais sintomas da coqueluche.
Divulgação/ Sesau
Dois adolescentes foram diagnosticados com coqueluche em uma unidade de internação para adolescentes no Recanto das Emas, no Distrito Federal nesta terça-feira (20). Os jovens cumprem medida socioeducativa na Unidade de Internação de Saídas Sistemáticas (Uniss), segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus/DF).
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Cinco servidores também apresentaram sintomas e foram afastados: três na mesma unidade dos jovens e outros dois na Unidade de Internação do Recanto das Emas (Unire), conectada à Uniss. No entanto, o resultado das testagens ainda não foi divulgado.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, após o diagnóstico dos adolescentes, a unidade notificou a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, que enviou uma equipe à Uniss. O tratamento foi iniciado com antibióticos e isolamento dos dois jovens que “estão bem e em recuperação” (veja nota completa abaixo). Em relação aos servidores, as equipes de saúde seguem monitorando os sintomas.
A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por uma bactéria. O principal sintoma da doença são crises de tosse seca e ela pode atingir, também, traqueia e brônquios, segundo o Ministério da Saúde (entenda mais abaixo).
A TV Globo entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, mas até a publicação desta reportagem, não houve resposta.
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Doença infecciosa, a coqueluche é altamente transmissível e afeta vias respiratórias causando crises de tosse seca e falta de ar. Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações que, se não tratadas corretamente, podem levar à morte, de acordo com o Ministério da Saúde.
A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos não frequentes, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.
Sintomas
A coqueluche evolui em três fases:
Fase inicial (catarral): começa como um resfriado comum, com sintomas leves como febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Gradualmente, a tosse se torna mais intensa e frequente evoluindo para crises de tosse mais intensa.
Fase de tosse intensa (paroxística): geralmente é sem febre ou com febre baixa, mas pode ocorrer vários picos de febre no decorrer do dia. A tosse se torna muito forte e incontrolável, com crises súbitas e rápidas que podem causar vômitos. Durante essas crises a pessoa pode ter dificuldade para inspirar, apresenta rosto vermelho (congestão facial) ou azulado (cianose) e, às vezes, fazer um som agudo ao inspirar (guincho).
Fase de recuperação (convalescença): a tosse começa a diminuir em frequência e intensidade, mas pode persistir por duas a seis semanas ou por até três meses. Infecções respiratórias de outra natureza, durante essa fase, podem fazer a tosse intensa (paroxismos) voltar temporariamente.
A vacinação é o principal meio de prevenção da coqueluche. Crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias devem ser vacinadas contra a doença.
O que diz a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal
“A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus/DF) informa que, na última quarta-feira (14), dois adolescentes que cumprem medidas socioeducativas na Unidade de Internação de Saídas Sistemáticas (UNISS), localizada no Recanto das Emas, foram diagnosticados com coqueluche. A situação está sob controle desde a confirmação do diagnóstico. Até o momento, não há registro de novos casos.
A equipe de saúde da unidade notificou prontamente a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, que enviou uma equipe à UNISS. A equipe de saúde da unidade iniciou o tratamento adequado com antibióticos e isolamento dos dois adolescentes, que estão bem e em recuperação. É importante dizer que foram adotadas todas as medidas de controle e prevenção. Além disso, foram implementados protocolos de saúde detalhados e feito o monitoramento contínuo dos jovens e da equipe. Nesse sentido, ⁠todos os servidores e outros jovens receberam testagem e profilaxia, sendo orientados sobre sintomas e necessidade de tratamento em caso de infecção.
A Sejus reitera seu compromisso com a saúde e a segurança de todos os profissionais e adolescentes no Sistema Socioeducativo do DF, garantindo que todas as medidas apropriadas estão sendo tomadas para manter o ambiente seguro e saudável.”
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