Além da poluição, correnteza é desafio para prova de maratona aquática no Rio Sena


O percurso planejado para a prova vai da Ponte Alexandre III até a Ponte de l’Alma, com distância de um quilômetro. Para completar os 10 km, os atletas terão que nadar contra a correnteza intensa por metade do tempo. Atletas mergulham no rio Sena, com Torre Eiffel ao fundo, para prova em evento-teste da Olimpíada de Paris
MIGUEL MEDINA / AFP
Nesta quarta-feira (17), a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, cumpriu uma promessa e nadou no rio Sena, onde várias provas estão programadas para acontecer durante as Olimpíadas, que começam em pouco mais de uma semana.
No entanto, além das críticas à poluição do rio, que até pouco tempo atrás era considerado impróprio para banho, a correnteza também é uma preocupação, segundo atletas e técnicos ouvidos pela Deutsche Welle.
O percurso planejado para a maratona aquática vai da Ponte Alexandre III até a Ponte de l’Alma. A distância entre as duas pontes, que ficam no centro de Paris, é de cerca de um quilômetro. Para completar os 10 km da prova, os atletas terão que nadar contra a correnteza intensa por metade do tempo.
“Não é um problema nadar com a correnteza, o problema é o caminho de volta. Nas condições atuais, é impossível realizar uma competição no Sena”, explica Florian Wellbrock, medalhista de ouro da maratona aquática nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021, à DW.
O rio está fluindo atualmente a uma velocidade de 1,2 metro por segundo. Em média, um nadador de águas abertas se move cerca de 1,6 metro por segundo, sem uma contracorrente. Na velocidade atual da água, eles só conseguiriam se mover 40 centímetros por segundo contra a corrente. No caso de nadadores de longa distância, seriam, em uma velocidade média “normal” de 1,4 metro por segundo, apenas 20 centímetros.
Prefeita de Paris, Anne Hidalgo, nada das águas do Rio Sena, em Paris
Joel Saget/Pool via Reuters
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