‘Dizia que ia conseguir uma arma e ia estourar a cabeça dela’, relembra filha de mulher que morreu após comer feijão envenenado na Bahia


Caso ocorreu em Salvador e é investigado pela Polícia Civil. Família suspeita que ela foi morta pelo ex-companheiro, que também ingeriu alimento, e está hospitalizado. A filha da mulher que morreu após comer feijão envevenado no bairro de de Cajazeiras VI, em Salvador, contou que a mãe já tinha sido ameaçada de morte pelo ex-companheiro, que também ingeriu o alimento, está hospitalizado e ainda não foi ouvido pela polícia.
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“Ele dizia que ia conseguir uma arma e ia estourar a cabeça dela. Ele ameaçou dar facada nela. Disse que sabia onde ela trabalhava, porque eles trabalharam juntos”, contou a jovem, que preferiu não revelar a identidade.
Rosineide Silva, de 39 anos, e o ex-companheiro foram encontrados no sábado (13), na casa onde a mulher morava. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Por ainda não ter sido ouvido pela polícia, o ex-companheiro de Rosineide Silva é considerado suspeito de ter envenenado o alimento. No entanto, a família da mulher acredita que ele cometeu o crime.
“Ele disse que ia bater lá [no trabalho de Rosineide] e esfaquear ela toda. Que ia pegar arma e ia dar toda na cara dela”, contou a filha.
A jovem ainda revelou que o a mãe já tinha registrado Boletim de Ocorrência por violência doméstica contra o ex-companheiro e que o homem chegou a ligar para um familiar dela e pediu para que os filhos de Rosineide fossem tirados do imóvel, porque ia matá-la.
“Inclusive ele ligou para o meu ex-padrasto, pai dos meus irmãos, e mandou tirar meus irmãos de lá, porque ia matar ela”.
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Maiana Belo
Segundo vizinhos, o ex-companheiro de Rosineide Silva teria avisado para um mototáxi que estava com um indigestão após comer feijão. Em seguida, antes de começar a corrida, ele desmaiou e apresentou espuma na boca.
Os moradores acreditaram que ele tinha tido um ataque epiléptico e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). O homem foi reanimado e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde permanece internado.
Após encontrarem um pote de feijão e ouvir o relato do mototáxi, os médicos entraram na casa de Rosineide Silva, mas já a encontraram sem vida, dentro do quarto, também com sinais de envenenamento.
O homem ainda não foi ouvido pela polícia. O procedimento investigativo deve ocorrer assim que ele apresente condições de saúde para relatar o que aconteceu no dia.
Até então, a polícia não detalha qual a linha de investigação do caso. Não foi divulgado se Rosineide fez o feijão ou se o homem levou o alimento e ofereceu para a ex-companheira.
Um frasco com o alimento, encontrado junto com ele, foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), para ser analisado. A polícia informou ainda que os laudos poderão auxiliar no esclarecimento do caso, assim com as guias periciais e de remoção de corpo expedidas.
De acordo com a família, o relacionamento tinha um histórico de violência. Os familiares suspeitam que homem possa ter colocado o veneno na comida. Rosineide deixou quatro filhos.
O corpo de Rosineide Silva foi sepultado na terça-feira (16), no Cemitério Municipal de Brotas, na capital baiana.
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