Adepará intensifica ações educativas de combate à monilíase em municípios do Baixo Amazonas


Oriximiná, Faro e realizado cursos, treinamentos e ações para formação de multiplicadores. Educação sanitária tem levado conhecimento aos produtores de cacau do Pará
Adepará / Divulgação
Fiscais e agentes agropecuários da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) têm realizado uma série de ações de educação fitossanitária nos municípios de Oriximiná, Faro e Terra Santa, no Baixo Amazonas. A região é considerada rota de risco para a entrada da monilíase do cacaueiro, doença provocada por fungo que ataca os frutos do cacau e do cupuaçu.
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Nesses municípios, a Adepará tem realizado cursos, treinamentos e ações para formação de multiplicadores. O público alvo dos cursos são agentes comunitários de saúde, agentes de endemias, técnicos em meio ambiente, produtores rurais, estudantes e a população em geral. O trabalho acontece em parceria com as prefeituras que disponibilizam espaços públicos para realizar as ações.
Durante os treinamentos, os participantes recebem orientações sobre como identificar os sintomas da doença e passam a ser multiplicadores das informações, contribuindo para impedir o avanço da doença.
“O corpo técnico da Adepará está capacitado para realizar essas ações educativas. Nós fomos treinados durante as Caravanas da Monilíase que ocorreram no Pará e estamos habilitados para realizar a mobilização da comunidade e interação com outras instituições que participam das ações, treinando os técnicos dessas entidades sobre a monilíase, fortalecendo o conhecimento deles quanto à doença para que eles possam levar para a comunidade todo esse conhecimento e possam sensibilizar outras pessoas sobre esse tema”, explica Gabriela Cunha, fiscal agropecuária da Gerência de Educação Sanitária da Adepará.
Minicursos e treinamentos têm sido ministrados pela Adepará nos municípios da região do Baixo Amazonas
Adepará / Divulgação
Em Faro, os minicursos contemplaram os servidores das secretarias municipais de meio ambiente e de saúde numa parceria com a prefeitura local, onde foram capacitadas 16 pessoas. Já em Terra Santa, o curso de multiplicadores formou 27 pessoas e contribuiu para disseminar as informações sobre a doença. Em Porto Trombetas, as ações educativas contemplaram a comunidade em geral e os estabelecimentos comerciais do município.
Educação sanitária nas embarcações
Devido às peculiaridades da região, onde os rios são usados para o escoamento da produção agropecuária e também para o transporte de cargas e de pessoas, as embarcações que circulam entre os municípios que fazem divisa com o Amazonas têm recebido as equipes da Adepará. Na abordagem, os técnicos distribuem materiais informativos e orientam a população para evitar o transporte de frutos do Amazonas para o Pará.
No mês de junho, houve ações educativas com abordagem de passageiros no Terminal hidroviário de Oriximiná, nas embarcações que se deslocaram para Parintins (AM) durante o festival folclórico do município. Em Faro, os fiscais e agentes da Adepará realizaram fiscalização e abordagem nas embarcações. No total, as ações alcançaram um público de mais de 768 pessoas.
Material informativo é distribuído nos locais onde os treinamentos são ofertados pela Adepará
Adepará / Divulgação
No total, foram já foram realizadas mais de 300 ações educativas de combate à monilíase no Pará, com alcance de público superior a 4 mil pessoas. O estado já recebeu duas edições da caravana da monilíase, evento do Programa Nacional de Educação Sanitária para a Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Proesa/Mapa). A primeira caravana ocorreu em Tomé-Açu, na Região de Integração Rio Capim, em 2023, e a segunda foi em maio deste ano, no município de Juruti.
“As caravanas foram muito importantes para os fiscais da Adepará porque permitiram a troca de conhecimentos, o aprendizado e uso de metodologias ativas, de inovações sobre educação sanitária. Despertou a necessidade de trabalhar a educação sobre a defesa agropecuária com o público de uma forma inovadora, diferenciada”, frisou a fiscal.
Eventos sobre cacau
Fiscais da Adepará que atuam na região de maior produção cacaueira do estado também têm realizado ações de educação sanitária de combate a monilíase participando de palestras como a que ocorreu no XII cacaufest Medicilândia. O fiscal agropecuário Cássio Polla apresentou as ações que a Agência de Defesa vem realizando para manter o território livre da praga, principalmente na região do Xingu, onde está a maior produção de cacau do estado.
No 2º Festival do cacau de Paragominas, técnicos da agência de defesa também realizaram ação de educação sanitária sobre a monilíase do cacaueiro, com a distribuição de material educativo sobre a doença.
No período de 18 a 21 de julho, uma comitiva da Agência de Defesa Agropecuária participará em Ilhéus, na Bahia, do Chocolat Bahia 2024, maior evento de chocolate e cacau da América Latina. Durante o evento, o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, apresentará todos os esforços que o Pará vem fazendo com relação ao enfrentamento à Monilíase para que o Estado continue mantendo as boas relações comerciais com a Bahia, o maior mercado das amêndoas de cacau paraense.
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